A língua francesa é uma língua romântica, tem uma fonética elegante, tendo sempre desempenhado um papel importante na história bem como nos mundos da arte e da literatura. Todas as línguas têm as suas particularidades e as suas expressões caricatas do dia a dia. O português, por exemplo, contém expressões como “nem que a vaca tussa”, “torcer o nariz”, “tirar o cavalinho da chuva”, “ficar a ver navios”, “a banha da cobra”, “dor de cotovelo”, “engolir sapos”, “bater as botas”, entre muitas outras. Na língua francesa, também encontramos muitas expressões populares deste tipo. Selecionámos 5:
1. "Poser un lapin”
Tradução literal: Pôr um coelho (a alguém)
A expressão é utilizada quando alguém combina encontrar-se com outra pessoa e essa pessoa não aparece. Os franceses dizem que a pessoa que não apareceu ‘pousou um coelho’ à outra, que a esperou em vão. “Il m’a posé un lapin” = “Ele pôs-me um coelho” = ele não apareceu. E a si, também já lhe puseram um coelho?
2. “En faire tout un fromage”
Tradução literal: Fazer todo um queijo (de alguma situação)
Esta expressão utiliza-se quando uma pessoa tem uma reação desproporcional a um acontecimento. Advinha a expressão portuguesa equivalente? Fazer uma tempestade num copo de água! “Elle en fait tout un fromage” = “Ela fez todo um queijo (daquela situação)” = ela fez uma tempestade num copo de água (daquela situação).
3. “C’est pas la mer à boire ”
Tradução literal: Não é o mar para beber
Esta expressão francesa utiliza-se em resposta a alguém que se queixa da dificuldade de uma tarefa que na realidade pode não ser assim tão difícil: pois não é como se devesse beber o mar inteiro. “Calmez-vous, ce n’est pas la mer à boire!” = “Tenha calma, não é o mar para beber !” = Tenha calma, não é assim tão complicado!
4. “Avoir le cafard”
Tradução literal: Estar com a barata
Esta expressão é utilizada quando se está triste, em baixo, deprimido, desanimado. Embora o inseto rastejante não seja reputado pela sua natureza festiva, a origem desta expressão melancólica é um pouco mais complexa: vem do árabe e de Charles Baudelaire. Do árabe, porque a palavra “cafard” em francês vem da palavra árabe “kafir”, à qual era atribuído o significado de “não crente” (pois se Deus é luz, quem não é crente é visto como ‘rastejante’ na sombra). Mas foi Charles Baudelaire que, em Les Fleurs du mal, popularizou esta analogia entre o inseto e o estado de espírito melancólico na linguagem quotidiana. “J’ai le cafard aujourd’hui!” = “Hoje estou com a barata!” = hoje estou desanimado.
5. “En avoir ras le bol”
Tradução literal: Estar de tigela cheia
Os franceses não ficam fartos ou de ‘saco cheio’, eles ficam de ‘tigela cheia’. “J’en ai ras le bol” = “Estou de tigela cheia” = Estou farto.
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